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Sue Ledwith |
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Gaye Yilmaz |
As mulheres migram para escapar de conflitos, guerras, pobreza, pressões e responsabilidades familiares ou do medo da opressão sexual. Ao mesmo tempo, são vítimas das ideologias controladoras, gêmeas do patriarcado e da religião.
Tal foi o caso das 120 mulheres migrantes entrevistadas para o nosso livro Migration and Domestic Work [Migração e Trabalho Doméstico]. Todas elas foram trabalhadoras domésticas em casas particulares em Londres, Berlim ou Istambul. Elas eram principalmente muçulmanas (52) ou cristãs (44), além de algumas budistas, hindus ou pagãs. Vinte mulheres perderam a fé nas duas principais religiões e se converteram ao ateísmo.
A informação foi coletada através de entrevistas, visitas e observações realizadas nas três cidades: nas casas onde as mulheres estavam empregadas, em organizações étnicas e comunitárias e em agências de emprego. Por causa de seu desenho, a pesquisa objetivou que as mulheres contassem suas histórias e estabelecessem suas agências. Como propósito adicional, o objetivo era explorar a solidariedade coletiva entre as mulheres migrantes. O grupo de entrevistadas incluiu mulheres curdas, um grupo pouco estudado. Foi gerada uma reciprocidade de pesquisa criativa, graças ao fato de a pesquisadora, Gaye Yilmaz, ter ensinado cursos de economia marxista em organizações comunitárias em Londres e Berlim.
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Ramón Certeza |
Estamos testemunhando uma grande transformação em relação às formas em que os bens são fabricados. Hoje em dia, máquinas automáticas e robôs fabricam os produtos que uma vez foram fabricados por seres humanos. Estamos no meio do que normalmente é chamado de "Revolução Industrial 4.0" e com ela, a digitalização da economia. Este artigo analisará como a digitalização transformou as fábricas de hoje e como os sindicatos estão se preparando para sobreviver às fábricas do futuro.
A digitalização da economia foi o tema central do Fórum Econômico Mundial de Davos, em dezembro de 2015, em que os principais economistas e renomados institutos de pesquisa europeus apresentaram relatórios sobre o futuro do trabalho que abordaram as possíveis consequências da digitalização para os trabalhadores (IndustriALL, 2017). Nessa mesma linha de pesquisa, em maio de 2017, a Fundação Friedrich Ebert organizou uma conferência internacional no Vietnã que procurava respostas para duas questões centrais: Qual o efeito da transformação digital nas economias asiáticas? Essa transformação foi implementada em termos justos e inclusivos? Ambos os acontecimentos elevaram o discurso a novos níveis, com visões e perspectivas divergentes, de acordo com os atores de cada um dos níveis.
A reforma do código trabalhista francês conhecido como Loi Travail (Lei do Trabalho) foi anunciada pelo governo socialista da França no início de 2016. É uma reforma complexa que abrange muitas áreas, desde o horário de trabalho até o "direito à desconexão" (isto é, não estar continuamente disponível através de dispositivos TIC). As mudanças fundamentais são a passagem da negociação coletiva por ramo para a negociação por empresa, a redução das remunerações para horas extras e a facilitação de demissões. Em resumo, trata-se de flexibilizar o trabalho.
Desde o início, sindicatos e trabalhadores franceses e muitos jovens protestaram contra a lei na íntegra, enquanto um estado de emergência havia sido declarado no país após vários ataques atribuídos ao "Estado islâmico".